No Ponto De Onibus

Published on Sep 22, 2022

Gay

No poto de ônibus - 2

No ponto de ônibus - 2

Uma história de Antinoísta

AVISO
A história que se segue é pura ficção, jamais aconteceu. Você acessou a Nifty, então já sabe que é uma história erótica, envolvendo sexo entre rapazes adolescentes. Se você é menor de idade (menos de 18 anos) ou se no lugar onde você se encontra a lei proíbe este tipo de história, saia daqui. Ajude a manter a Nifty funcionando, faça uma doação: DONATION.

Quando, provavelmente, eram umas duas da tarde – naquele tempo ninguém se preocupava com a pontualidade – desci e já encontrei o Eduardo na frente do prédio, conversando com o zelador, que, como era quase obrigatório, chamava-se Severino.

– Oi, Severino, tudo bem? – saudei.

Antes que o zelador pudesse me responder, o Eduardo me arguiu, com um sorriso sacana:

– Pô, Tonico, achei que você não vinha mais. – Claro que o menino ia soltar uma dessas. Achei engraçado, mas fingi me irritar.

– Calma, Duduca, não precisa ficar ansiosa, seu macho está aqui.

– Duduca? Porra, isso também não. Paz. Eu sou Edu, você é An...

– Tom.

– Edu e Tom? – disse o Severino, fingindo um suspiro de resignação. – Ao contrário de vocês, eu tenho que trabalhar. Se vocês são o futuro do país, aí mesmo é que eu tenho que trabalhar. Se mandem. Ah, Tom, se o fedelho se fizer de muito esperto, dá umas palmadas nele em meu nome.

– Querias, Severino – retrucou o menino. – Vai trabalhar. As meninas de biquíni me esperam.

O Eduardo se revelava um garoto bem desinibido, falador e alegre. O Severino tinha razão. Edu e Tom parecia mais um nome de LP. De propósito, andei com passos curtos, para ficar um pouquinho atrás do Edu e apreciar sua bundinha, sem que ele notasse, eu esperava. Bunda de mulher é uma coisa monumental, globular, sideral ou qualquer outra besteira que você queira pensar, uma vez que falar é difícil, quando a gente se vê de boca aberta diante de uma delas desfilando pela praia à nossa frente. A bundinha do Edu não era nada disso, mas também era maravilhosa... para mim, pelo menos. Cara, ou eu estava numa secura de dar gosto – e estava mesmo – ou estava virando veado.

Bem, não exageremos. Como 90% dos garotos que eu conhecia, só fazia sexo com minha mão, daí admitir a secura. Mas exatamente por causa dela eu me deixava entusiasmar por visões pouco canônicas, como a bunda de um garoto. Boa argumentação. Por vias das dúvidas, apressei o passo e fiquei ao lado do Edu. Quando se tem uma ereção instantânea por causa da bunda de uma garota vista na praia, você até quer que seus amigos notem, é motivo de orgulho. Mas chegar na praia com um volume suspeito dentro da sunga, andando atrás de um fedelho quatro anos mais novo do que você, é difícil de explicar. No mínimo vão te achar um tarado.

Já na areia, encontrei o Carlos, meu amigo há séculos. Um mulato magro e alto, uns dez centímetros mais alto do que eu – e olha que eu me orgulho do meu metro e oitenta. Corpo com a musculatura mais do que definida, pois frequentava uma academia, mãos e pés grandes, aquilo também, cabelo aparado curto, sorriso raro, olhar sério, Carlos era meio assustador. Para quem não o conhecia, pois era o rapaz mais elegante e gentil que eu já vira, sempre às voltas com questões literárias. No momento estava usando uma sunga vermelha, quase brilhante, que se destacava como um incêndio em sua pele escura. Não resisti:

– Cara, pediu a sunga do saci emprestada?

– Foi. Não se lembra que eu esqueci a minha em sua casa, da última vez que comi seu rabo?

Não devia ter provocado. Dei uma risada e me lembrei de apresentar o Edu.

– Carlos, este é o Edu. Ele mora no meu prédio.

O Carlos olhou o menino de cima, sério, e falou, imperturbável:

– Seu prédio já foi mais seletivo. – O garoto ficou vermelho.

Nisto o Carlos solta uma sonora gargalhada, dá uma palmada na bunda do Edu e diz:

– Estou brincando, companheirinho. É que fiquei surpreso de ver o Tom, finalmente, com alguém da idade dele.

– Mas eu tenho quatorze anos. Ele deve ter uns...

– Doze. Mentalmente. Culturalmente uns oito. Mas deixa isso pra lá. Vamos cair na água, que daqui a pouco eu tenho que ir embora.

Corremos e mergulhamos. Ficamos vários minutos aproveitando o frescor da água, furando onda, boiando, nadando, tentando derrubar o outro, quem visse era capaz de também nos dar uns doze anos. Por fim saímos e ficamos de pé, secando, na areia molhada e dura da borda.

Pouco depois o Carlos foi embora. Eu e o Edu fomos para a areia mole, sentamos e ficamos jogando conversa fora. Contei-lhe que tinha dezoito anos e acabara de entrar para a faculdade. Ele tinha acabado de terminar o terceiro ginasial – o que equivale, hoje, à sétima série do ensino fundamental, eu acho. Falamos da praia, de música, de programas da televisão. Fiz a pergunta chata e intrometida que os adultos costumam fazer aos adolescentes, achando que vão agradar: se ele tinha namorada. Não, ele não tinha, o que era ótimo, pois me facilitava a admissão de que também não tinha. Eu já estava gostando daquele garoto desinibido, espontâneo, cheio de energia, então a pergunta sobre namorada foi intencional. Ou mal intencionada.

Nas duas horas seguintes ficamos alternando entre o mar e a areia, ocasionalmente cumprimentando algum conhecido que passava e parava para dois dedos de prosa. Lá pelas quatro e pouco, voltamos para casa. Despedimo-nos no elevador – ele morava no quarto andar – e eu entrei em casa. Parei um pouco de pé, no meio da sala. Não podia sentar em lugar nenhum, antes de tomar um bom banho. Fechei os olhos e pensei no Edu. Toda vez, em nossas brincadeiras dentro d’água, que nossos corpos se tocavam eu sentia uma sensação gostosa, que refletia direto no meu pau. Mais de uma vez meu pau ensaiou uma ereção, felizmente detida pela água fria e pelo fim do contato. Na areia era mais fácil, não havia toques. Mas havia ele ali à vista, sentado ou deitado na minha frente, com aquele corpo que eu já começava a decorar.

Minhas divagações foram interrompidas pela campainha da porta tocando.

Abri a porta e me vi diante do Edu. Ele estava meio envergonhado, olhando para o chão, quando falou.

– Oi, Tom. Me desculpe, minha mãe deve ter dado uma saída. Não posso entrar em casa, não tenho a chave. E não quero ficar esperando no corredor, todo salgado e de sunga. Será que eu podia esperar um pouco aqui na sua casa?

– Claro. Entre. – Certamente não era um incômodo. Afinal, eu estava pensando nele, mesmo. Será que meu pensamento tem poderes mágicos, pensei, sorrindo de tal besteira. Então me lembrei do detalhe de que cuidara logo após o almoço. Não, eu não era mágico, mas acho que tinha sorte. Virei-me para o Edu e disse:

– Vamos até o meu quarto – e segui em frente, com ele atrás de mim.

Lá no quarto, em cima do tampo da escrivaninha, estava o detalhe. Uma revista de mulher nua, com a página central desdobrável aberta. Naquela folha, que aberta tinha quase um metro de largura, reclinada em um divã, uma mulher completamente nua. Certo, tinha peitos de vaca leiteira, pele esbranquiçada e nada de marca de biquíni – afinal, era uma revista americana da época – mas era melhor do que nada. Ao entrar no quarto, os olhos do Edu percorreram o cômodo, com a curiosidade natural, e, claro, zeraram na revista em cima da mesa.

– Opa, pera aí, desculpe – disse, fingindo constrangimento e começando a fechar a revista. – Não esperava que fosse aparecer alguém.

– Espera! – pediu o Edu, meio desesperado. – Por favor, deixa eu dar uma olhada.

– Cara, é meio esquisito, é como corrupção de menores – continuei fingindo.

– Corrupção é o caralho. Você acha que eu já não vi revista de mulher pelada antes?

Gostei daquela sofreguidão. Era um garoto que levava muito a sério seus interesses eróticos. Afinal, eu deixara aquela revista ali exatamente para tocar punheta quando voltasse da praia. Nada é mais gostoso, parece que o sol funciona como um afrodisíaco. Bem, transar logo após a praia deve ser mais gostoso, mas eu não chegara àquele nível de perfeição. E já estava começando a achar a excitação do Edu igualmente afrodisíaca.

– Tudo bem, olha. Mas não vai sair por aí comentando – cedi. Ou melhor, incentivei. Queria ver no que aquilo ia dar.

Edu foi direto para a escrivaninha e se pôs, de pernas meio abertas, diante da revista. Admirou de cima a baixo aquela piranha de pernas semiabertas. Não havia então – pelo menos eu nunca tinha visto – uma revista em que a mulher estivesse de pernas escancaradas, a buceta bem à mostra. Para ver como meus recursos eram parcos. A buceta da mulher daquela foto estava muito bem escondida debaixo de um tufo enorme de pentelhos ruivos. Horrível, para os padrões atuais de depilação.

Acho que o Edu não estava preocupado com aquilo. Sua cabeça virava de um lado para o outro, percorrendo toda a foto. Instintivamente sua mão direita pousou sobre sua sunga, na qual já despontava um volume denunciador. Com a mão esquerda virou a página, procurando outras fotos. Virou outras mais, procurando talvez outra mulher. Sua outra mão já esfregava a ereção em sua sunga, esquecido de que havia alguém a observá-lo. E esse alguém – eu, claro – estava realmente observando o garoto, não qualquer das fotos, que eu já conhecia de cor. E esta observação me deixava com o pau mais duro do que nunca.

Não dava para segurar. Enchi-me de coragem e resolvi arriscar tudo.

– Edu, tá na cara que esta revista estava aí por que eu ia tocar punheta antes do banho. Agora você aparece e fica aí na minha frente folheando e revirando as páginas, como uma espécie de visor pornográfico. Sinto muito, foda-se, mas eu vou tocar punheta.

Disse, abaixei minha sunga, agarrei meu pau e comecei a me masturbar. O garoto olhou para mim, olhou para a revista, olhou de novo para mim de novo, sem saber bem o que fazer. Por fim pareceu ter tomado uma decisão.

– Porra, eu também! – ele abaixou a sunga e também começou a se masturbar.

– Sirva-se – rosnei. E retornei à punheta, olhando não para a revista, mas para aquele garoto maravilhoso ali na minha frente, sunga abaixada até as cochas, a mão se movendo com vigor ao redor de uma pica de uns treze centímetros, em cuja base um maravilhoso tufinho de pentelhos castanhos assegurava que a adolescência já se instalara. E como! Em matéria de sofreguidão erótica o garoto era uma máquina. Sua mão era uma imagem borrada, seus quadris golpeavam para frente e voltavam, sua bunda se contraía e relaxava, seu olhar ora se perdia no teto, cabeça arqueada, ora voltava à revista, ora arriscava uma rápida olhada para mim.

Eu não devia oferecer um espetáculo muito diferente. Aquele menino valia toda uma coleção de revistas eróticas. Perdera o pudor e olhava direto para ele. Sua bunda se destacava em todo seu esplendor naquele corpo mais do que bronzeado. O degradê acobreado do limite entre aqueles tons tão opostos mais uma vez me pareceu uma das coisas mais excitantes que já vira. Na frente, o triângulo claro que a sunga cavada delineara era uma composição artística perfeita, levando ao jovem pau, naquela hora trabalhando mais do que um escravo romano. E como tal, prestes a desfalecer.

E veio o desfalecimento, ou melhor, o gozo final. O garoto disparou vários jatos de porra, que atingiram a revista, a mesa e principalmente o chão do meu quarto. Suas pernas bambearem, seu corpo se arqueou para trás, seus olhos fecharam e um gemido surdo escapou de seus lábios. Ver aquele espetáculo foi a conta. Meu pau explodiu no ato, espalhando porra ao meu redor por todo o chão do quarto. Tão forte foi o primeiro jato, que talvez umas gotículas tenham atingido as pernas do Edu. Mas ele não se deu conta, de tão dominado que estava pelo próprio orgasmo.

Tão rapidamente como chegou, nossa excitação desceu a zero, pouco depois que gozamos. Afinal, era uma situação estranha. Um garoto bem mais novo do que eu, que eu conhecera naquele dia, esporrando ali no meu quarto, enquanto eu fazia o mesmo. Nem a revista de mulher pelada era desculpa suficiente. O Edu olhou para mim, envergonhado, e quase implorou:

– Cara, eu tenho que mijar.

– Te mostro o banheiro – saímos do quarto e eu indiquei ao menino a porta certa. Curiosamente, não entrei com ele. Acabara de ver sua pica sendo manipulada até gozar, mas tive vergonha de entrar com ele no banheiro e ver ele fazendo xixi. Embora também estivesse com alguma vontade, esperei ali fora, vestindo de novo a sunga. Pouco depois o Edu saiu, também com a sunga vestida, e me disse, evitando me olhar nos olhos.

– Valeu, cara. Vou ver se minha mãe já chegou.

Abri a porta da sala sem dizer nada e o Edu saiu, igualmente calado. Pelo visto sua mão já tinha chegado em casa, porque ele não voltou. Fui limpar a sujeirada que tínhamos feito no quarto, que dali a pouco meus pais chegariam do trabalho.

[Continua no próximo capítulo.]

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