Depois do cinema

Published on Aug 10, 2022

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Depois do cinema

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Faz muito tempo que isso tudo aconteceu. O que é uma pena, mas eu me lembro de tudo como se tivesse acontecido ontem.

Carlos e eu sempre fomos bons amigos. Afinal, ele morava na casa em frente à minha e nós sempre fomos da mesma escola. Mas, quando chegamos ao ensino médio, comecei a me interessar por Carlos de uma forma diferente. Olhava disfarçadamente para ele no vestiário, seu corpo magro mas musculoso, seu pau de bom tamanho encimado por um pentelho bem definido, suas pernas agora cabeludas. E de noite, quando me masturbava na cama, era no corpo dele que eu pensava.

As meninas até que gostavam de mim, eu era boa pinta, mas era envergonhado e, até ali, um garoto virgem. E se dependesse de minha coragem ia continuar assim. Nas conversas com Carlos, fingia estar doido para comer uma garota. Eu sabia que ele tinha uma transa certa, alguma vagaba que dava para ele quando ele queria, mas ele não se abria sobre o assunto.

Um dia fomos ao cinema e o filme era chato demais. Porém, só de encostar de vez em quando na perna de Carlos, sentado ao meu lado, eu ficava de pau duro. Concordamos em ir embora antes do fim e lá fora, envergonhado pelo que sentia, tomei coragem e pedi que Carlos me arrumasse um encontro com a vagaba. Assim, eu deixava de ser virgem e talvez não desse tanto na vista com minha tesão pelo meu amigo.

— Tô cheio de tesão, Carlos. Me arruma um encontro com tua amiga, quebra meu galho.

— Dá pra ver que você está a perigo, cara — disse ele, me olhando com um sorriso meio zombeteiro. — Vou te ajudar.

Dizendo isto, ele pegou o celular e discou.

— Alberto? É o Carlos — disse ele, quando alguém atendeu. — Tenho um amigo aqui que está na pior, aquele de quem eu lhe falei. Posso levar ele aí? Sim, ele sabe do que se trata. Falou, estamos aí em dois tempos.

— Pera aí! Alberto? E eu sei do que se trata? Não entendi.

— Não é uma garota, é uma bicha. Mas é um cara legal, ele me paga cerveja e chupa uma pica como ninguém — disse ele, com a maior naturalidade.

— O quê? Uma bicha... um veado... um ...

— Chame como quiser. Tá interessado ou não?

— Bem, não sei. — Eu estava mais do que interessado, mas não queria dar bandeira. — Onde você achou a peça?

— No banheiro de um posto de gasolina, quando fui mijar. Ele estava à procura de uma pica pra chupar. Mas ele gostou de mim, ou do meu pau, talvez, agora nós nos encontramos no apartamento dele.

Eu estava surpreso. Cheio de culpa por ter tesão no meu amigo e ele, que sempre foi um exemplo de macho, deixando que uma bicha o chupasse.

— É seguro? — perguntei, hesitante.

— Claro, ele é jogo. Afinal, não conheço muitas garotas dispostas a abrir as pernas, ou mesmo a boca. Aliás, só conheço duas, mas elas não estão sempre a minha disposição, muito pelo contrário. O Alberto está e não gasto um tostão com cinema, barzinho ou coisa e tal.

— Então vamos nessa — disse eu, dando um suspiro, com um misto de medo e antecipação.

Pegamos um ônibus até um subúrbio e descemos numa rua com muitas lojas, todas fechadas naquela tarde de domingo. Numa porta ao lado da entrada de uma das lojas térreas, Carlos tocou a campainha e, após falar no interfone, a porta foi destrancada. Subimos uma escada gasta e entramos num apartamento minúsculo, situado acima da loja, parcamente mobiliado.

Alberto era um sujeito de cerca de trinta anos, de boa aparência, mas seu corpo esbelto tinha algo de feminino na postura. Vestia um roupão curto, que chegava ao meio de suas coxas e, provavelmente, nada por debaixo. Mal ele fechou a porta, Carlos, talvez para me impressionar, abriu o zíper de sua calça e tirou o pau para fora.

— É disso que você gosta, não é, Alberto? — disse ele de forma grosseira. — Gosta de mamar numa piroca, engolir até o talo, não é? Bem, se você fizer um bom trabalho eu deixo você chupar o meu amigo aqui. Ele também é bem dotado. Hoje pode ser seu dia de sorte, sua puta vadia.

Nunca tinha visto Carlos ser tão grosso com alguém, fiquei chocado, mas parecia que o Alberto não se importava. Ou talvez Carlos estivesse falando assim exatamente porque Alberto gostasse. Cara, eu ainda era muito ingênuo, disso não tinha dúvidas.

Indiferente ao que eu pudesse estar pensando ou vendo, Alberto se ajoelhou diante de Carlos e imediatamente começou a trabalhar em seu pau. Em alguns segundos a pica do meu amigo ficou enorme, rígida, brilhando com a saliva da bicha. Alberto chupou, lambeu, beijou, produzindo estranhos sons de sucção, que se misturavam com os gemidos de Carlos. Claro que aquela cena me deixou com o pau tão duro quanto o dele. De repente, Carlos gritou:

— Aaahhh, vou gozar. Engole tudo, sua puta fodida! — E, depois de um estremecimento, ele ficou rígido e descarregou seu jato de porra na boca do sujeito, que, seguindo as instruções, não desperdiçou uma gota. Depois de uns segundos, Carlos se afastou cambaleante, seu pau ainda em riste, todo labuzado de porra e saliva. A face de Alberto exalava satisfação, mas claro que ele ainda não estava satisfeito.

— Põe o pau pra fora — instruiu-me Carlos. — Agora é a sua vez. Vai, Alberto. Mama a pica do meu amigo!

Alberto não esperou por mim. Ainda de joelhos, foi em minha direção. Com a ação precedente, seu roupão tinha se entreaberto. Ele estava mesmo nu por debaixo e, enquanto ele se aproximava de mim, ávido, vi que sua pica também estava dura e era tão grande quanto a do Carlos, talvez maior, o que na hora me pareceu estranho. Outra ingenuidade. O cara era veado, não um eunuco, e tinha o dobro da nossa idade, nada mais normal que ostentasse aquela tora. Alcançando-me, Alberto não perdeu tempo, baixou meu zíper, sacou minha pica e começou o boquete.

Mal seus lábios abocanharam a cabeça do meu pau, mal eu senti minha pica pela primeira vez envolvida por uma boca prestativa, dotada, além disso, de uma língua que me acariciava a glande como se o mundo fosse acabar, eu não aguentei mais: gozei tudo a que tinha direito, gozei toda minha porra adolescente e farta, inundei a boca do Alberto com o que me pareceu um dilúvio universal. A culpa era daquela cena pornô que ele e Carlos haviam me proporcionado. Gozei tanto que mesmo aquele experiente boqueteiro deixou escapar um fio de porra pelo queixo abaixo, que ele imediatamente catou com um dedo e recolheu com a língua.

Depois daquilo, precisávamos de um descanso, pelo menos eu precisava.

Alberto levantou-se, ajeitou o roupão com uma elegância estudada e, como se nada tivesse acontecido, dirigiu-se ao canto que servia de cozinha e pegou três latas de cerveja da geladeira. Pegou também dois pacotes de salgadinho de um armário e, pondo tudo na mesa, fez um gesto nos convidando a participar da festa. Só mesmo a tenda de circo que sua pica armava na frente do roupão dava a pista de todo o sexo de que ele acabara de participar e de que ele queria mais. Eu e Carlos já havíamos guardado nossas combalidas ferramentas em nossas calças.

Bebericamos a cerveja e beliscamos os salgadinhos por alguns minutos, conversando fiado. Alberto ficou sabendo que eu me chamava Maurício, disse que era um nome lindo, tão bonito quanto eu – bem, foi ele quem disse isso, não fui eu – e eu fiquei sabendo que ele trabalhava no restaurante de um dos melhores hotéis do centro da cidade. Quando, recuperadas as forças, a conversa começou a desviar-se para a sacanagem, Carlos fez questão de me informar outra coisa sobre Alberto:

— Nosso amigo aqui não tem apenas a boca mais eficiente da cidade, também tem uma senhora bunda. Mostra sua bunda pro Maurício, Alberto.

Ele se levantou e, sem nenhuma vergonha, mas também sem trejeitos ridículos, virou as costas para nós e, levantando o roupão, mostrou-nos o traseiro. Era, realmente, uma bunda redonda e grande, sem um pelo sequer, poderia dizer que brilhava. Bem, na nossa idade, eu e o Carlos ainda tínhamos a bunda arredondada, firme, sem pelos, mas uma bunda estreita, esbelta, típica de meninos que estão virando homens. A bunda do Alberto faria inveja a muita mulher por aí, se fotografada em close enganaria muito machão que acha que sabe tudo.

— Você vai me enrabar, Carlos? — perguntou Alberto, indo direto ao assunto.

— Não sei, talvez... Antes vou terminar a cerveja — foi a resposta do meu amigo, atormentando-o. Depois, sorveu ruidosamente o último gole de cerveja de sua lata. Então, como se tomasse a decisão naquele momento, levantou-se e ordenou:

— Tire a roupa e fique de quatro, sua puta vadia.

Depois, abriu o cinto e o zíper e tirou de uma só vez a calça e a cueca, ficando apenas de camiseta e tênis. Seu pau duro apontava como uma lança em riste, a cabeça brilhante já fora do prepúcio, uma gota apressada brilhando na ponta. Aproximou-se de Alberto que, nu, já se pusera de quatro sobre o colchão no outro lado da sala e lhe deu um sonoro tapa na bunda.

— Seu cu é tão arrombado que eu nem sinto nada, Alberto — provocou Carlos.

— Mas você gosta. Come o meu rabo, Carlos — retrucou Alberto, estendendo-lhe a mão com alguma coisa que pegara ao lado do colchão e que depois eu compreendi ser um frasco de lubrificante, sem abaixar o bundão empinado.

— Implore por isso, seu veado — continuou provocando Carlos, ao mesmo tempo que pegava o frasco de lubrificante e aplicava uma boa porção em sua pica agigantada. Cara, ia começar mais um filme de sacanagem, só que ao vivo, bem na minha frente e estrelado pelo garoto que povoava meus sonhos eróticos. Rapidamente abri o zíper da calça e tirei o pau já mais do que duro para fora. Não queria gozar na cueca e voltar para casa com uma vergonhosa mancha na frente das calças.

— Por favor, me enraba, Carlos... Por favor — implorava Alberto, parecendo à vontade com a encenação meio grotesca.

— Você é patético, um merda de boqueteiro. Por que eu lhe daria meu pau? Por que eu desperdiçaria minha porra com você?

— Porque eu te amo, Carlos. Você é meu garoto favorito.

— Não fale essa merda na frente do meu amigo, ele vai pensar que eu sou um veado de merda que nem você — e aplicou mais uns tapas na bunda de Alberto.

— Enfia essa piroca no meu cu, Carlos. Eu tô precisando demais — guinchou Alberto.

— Aposto que você já foi fodido uma dúzia de vezes desde a última vez que te enrabei.

— Não, você é o único pra quem eu dou o cu — disse Alberto, contorcendo-se sobre o colchão.

— Mentiroso de merda... Talvez eu não te foda, afinal. Acho que vou apenas bater uma punheta...

Ouvir aquela encenação de malvadeza feita pelo Carlos e ver sua pica grande e rígida, brilhando com o lubrificante, me fez sentir um arrepio no meu próprio rabo. Até ali eu apenas enfiara algumas vezes o dedo no cu, quando me masturbava no chuveiro. Como seria sentir no cu o pau do meu amigo? Querer experimentar eu queria, mas jamais teria coragem de lhe pedir. Ele provavelmente me trataria como tratava o Alberto.

— Por favor, me fode, Carlos. Eu preciso. Eu não consigo viver sem o seu pau.

— Quase convincente, bicha. Mas eu sei qual é sua história. Já levei muitos amigos até aquele posto de gasolina, pra você chupar em troca de um maço de cigarros. Você só quer me usar. Sorte sua que os tiras ainda não te pegaram — arengava Carlos, embora já tivesse ajoelhado atrás de Alberto e estivesse batendo com o pau duro naquela bunda portentosa.

— Eu faço tudo por você, você sabe disso, Carlos. Apenas me enrabe! — e Alberto tremia em seu apelo obsessivo.

Como se tivessem chegado ao ponto certo do roteiro, Carlos, sem dizer mais nada, enfiou a pica de uma só vez no cu do Alberto. Me deu um arrepio ver como o sujeito aguentou sem reclamar aquela invasão brutal. Carlos golpeava sua bunda com um ritmo frenético, animalesco, descontrolado. Alberto gemia de prazer e se contorcia, rebolando o traseiro empinado. Naquele andamento a coisa não ia durar muito. E não durou. Logo Carlos soltou uma espécie de rugido baixo e, puxando para si o corpo de Alberto, inundou de porra aquele rabo insaciável.

Meio grogue com o esforço, Carlos desligou-se do traseiro de Alberto e, virando-se para mim com o pau ainda duro e pingando sêmen, ordenou:

— Sua vez.

— Será que ele aguenta outra? — perguntei, com pena do sujeito. Foi o próprio Alberto, ainda de quatro sobre o colchão, que respondeu:

— Apenas me fode, garoto. Enfia logo essa tua pica gostosa no meu cu.

Tirei a calça e a cueca, como fizera Carlos, ajoelhei-me atrás do Alberto, lubrifiquei a pica e mirei. Quando vi que ainda vazava porra do cu recém-fodido do sujeito, hesitei um pouco. Mas logo lembrei que era a porra do Carlos e fui em frente. Meu pau, por mais duro e grande que estivesse, entrou com facilidade naquele cu experiente. Nem precisava de lubrificante. Fechei os olhos e comecei a bombear aquela bunda redonda, segurando as ancas de Alberto como quem segura as cordas de um salva-vidas. Mas não era em Alberto que eu pensava, era na pica de Carlos, que eu me fartara de ver naquele dia, dura e triunfante.

Foi então que aconteceu a surpresa. Carlos se ajoelhou atrás de mim e segurou minhas nádegas, afastando-as, expondo meu cu. Depois ele lambeu o meu cu, titilando meu buraquinho com a ponta da língua, penetrando-o de leve. Afastou-se um pouco e, com as mãos abertas, ao mesmo tempo que apalpava a bunda massageava o buraco do meu cu com os polegares, fazendo-o relaxar e permitir aos poucos a entrada da ponta de seus dedos, que estavam mais do que lubrificados.

— Você tem uma bundinha de macho, Maurício. Tremenda tentação. Muito melhor que uma bunda arrombada de veado.

— Fode o garoto enquanto ele me fode, Carlos — sugeriu Alberto.

— A melhor ideia que você já teve, sua puta. É isso que eu vou fazer.

Nem tive tempo de pensar, ter medo ou me excitar. Carlos encostou a cabeça de seu pau no meu cuzinho virgem, já relaxado e lubrificado pelo trabalho de sua língua, de seus dedos, e de uma forma gentil, lenta, mas firme e sem hesitação, começou a me penetrar. Uma descarga de eletricidade percorreu o meu corpo. Estava acontecendo. Carlos estava me fodendo. Eu devia protestar, manter minha posição de jovem macho, mas quem disse que eu queria?

Depois que a cabeça de sua pica me penetrou, Carlos parou por um momento, permitindo que meu rabo se acostumasse com o invasor e que o espasmo de dor diminuísse. E devagarinho ele enfiou até o fim. Cara, nunca o pau de meu amigo me pareceu tão grande. Eu estava, literalmente, empalado – palavra que aprendi nas aulas de história. E doía. Mas Carlos começou o movimento de vai e vem, o que me fez retomar, por minha vez, o vai em vem do meu pau no rabo do Alberto e então a dor se diluiu numa confusão de prazeres conflitantes.

Era o prazer físico de estar fodendo alguém, era o prazer físico de estar sendo fodido e era o prazer, digamos assim, espiritual, fraternal, de estar fazendo sexo com meu melhor amigo. Ser o recheio naquele sanduíche de três corpos era a melhor forma de perder a virgindade... ou as virgindades.

— Cara, é assim que um cu tem de ser — louvou Carlos —, quente e apertado. Seu cu é dez, amiguinho!

E continuamos os três fodendo como uma máquina bem regulada. E bem lubrificada, claro. De repente, Carlos avisou:

— Porra, vou gozar no teu cu, Maurício!

Senti um jato de esperma explodindo em meu rabo. Isto disparou meu gatilho e eu gozei no rabo do Alberto. Que, para completar a reação em cadeia, cobriu de porra o pobre do colchão. Quando eu gozei, meu cu se contraiu tanto, apertando tanto o pau do Carlos, que eu pensei que aquilo nunca mais fosse sair do meu rabo. Mas tudo chega ao fim. Carlos se desengatou de mim e eu me desengatei do Alberto.

O experiente sujeito virou-se de imediato e abocanhou meu pau, lambendo-o, limpando-o de toda a gosma que o envolvia. Achei algo estranho de se fazer, mas quando lembrei que era o Carlos que estava atrás de mim, resolvi fazer o mesmo com ele. Dei um jeito de puxá-lo para mim e finalmente realizei o sonho de ter na boca a pica do meu melhor amigo. Não me limitei a limpá-lo, continuei chupando depois de todo traço de porra ter sido devidamente engolido. Ele, confirmando toda minha admiração, logo voltou a ficar de pau duro. Enquanto Alberto se dedicava à tarefa de catar com a língua toda a porra que escorria do meu cu – afinal, quem melhor do que ele para apreciar a porra do Carlos – eu ansiava por receber um jorro da mesma direta da fonte de produção. E logo fui recompensado. Um jorro modesto, mas delicioso, inundou-me a boca.

Levantamos, finalmente, meio trôpegos. Alberto providenciou uma toalha, eu e Carlos nos limpamos e nos vestimos. Tomamos mais uma cerveja, para recuperar as forças, e nos despedimos de Alberto, pois já estava anoitecendo e amanhã era dia de escola.

Tomamos um ônibus praticamente vazio e sentamos no último banco, distantes dos outros três passageiros. Eu não sabia bem o que falar. Como todo adolescente, eu considerava muito importante minha condição de macho. Mas como todo adolescente, eu vivia com tesão 24 horas por dia, 7 dias por semana. E esta tesão me fizera dar o rabo para o meu melhor amigo. Não sabia se ter comido um rabo na mesma ocasião servia de desculpa. E se Carlos passasse a me considerar um outro Alberto?

— E aí, cara. Gostou da fodelança? — perguntou Carlos, falando baixo, mesmo que fosse improvável que os demais passageiros nos ouvissem. Soltei um longo suspiro antes de responder, falando tão baixo que quase não me ouvia.

— Cara, eu não sei. Nós somos amigos. Eu sempre gostei de você. Mas eu não sou veado, sou um adolescente doido para fazer sexo. Como qualquer outro. Gostei de ser chupado. Gostei de enrabar o Alberto, como gostaria de ter fodido uma menina. Mas seria um mentiroso se dissesse que não gostei de dar para você. Gostei. Por que era você. Mas não sou veado. Pelo menos ainda não decidi optar por este ou aquele comportamento. Mas sou seu amigo e gosto de você como um amigo gosta de um amigo. Seria uma merda se você passasse a me tratar como trata o Alberto.

E mais não falei. Um nó na garganta cortou meu discurso. Tive de fazer um grande esforço para que lágrimas não brotassem dos meus olhos. Carlos, então, me surpreendeu pela segunda vez nesse dia. Ele, que jamais foi carinhoso com ninguém, passou o braço por sobre meus ombros, deu-me um aperto reconfortante e falou:

— Eu também sou seu amigo e também gosto de você. E vou falar tão francamente quanto você falou. Primeiro, essa história do Alberto. Aquele papo todo é encenação. Ele gosta disso, não me pergunte por quê. Foi ele quem me pediu para agir daquela maneira, como um machão de filme pornô da pior qualidade. Eu falo o que ele quer e, em troca, ele chupa meu pau e me dá o cu. Eu não gosto nem desgosto dele. Ele é apenas uma punheta mais sofisticada, é uma forma de aliviar a tesão. Mas você é outra coisa. O que você é? — perguntou ele, me olhando bem nos olhos.

— Seu amigo? — consegui balbuciar.

— Meu melhor amigo. Maurício, eu não sou cego. Já desde algum tempo que eu percebi que você me olhava de outra maneira, da mesma maneira que eu e você olhamos para as pernas, as bundas e os peitos das nossas amigas. E sabe o que eu senti com isso? Tesão. Eu não tenho a menor vontade de chupar seu pau ou de lhe dar meu cu. Mas se você queria fazer isso comigo, e acabou fazendo, eu gostei, gostei demais. Gostei tanto quanto gostei de foder a Lúcia ou a Marcela – sim, as duas que dão pra todo mundo. Gostei até mais, porque essas meninas são apenas colegas de colégio, não sinto nada de especial por elas. Mas você é meu amigo desde muito antes de nós sabermos que nossos paus serviam para alguma coisa além de fazer xixi.

Não pude deixar de sorrir vendo o belo discurso ser prejudicado por imagem tão prosaica. Foi um sorriso ainda meio amarelo, ainda meio temeroso. Falei de uma forma meio incoerente:

— Então ainda somos amigos e eu não sou veado...

— Maurício, esquece os rótulos. Aproveite o momento. Ou você pensa que seu pau vai ter a mesma tesão o resto de sua vida? Claro que nós somos amigos e eu estou pronto a repetir o que fizemos hoje – excluindo-se o Alberto, claro – toda vez que você quiser. Até que isso perca a graça. E acredite, chegará um dia em que perderá. Até lá vamos aproveitar. Em segredo, claro, não se preocupe, que o mundo ainda não está preparado para a revelação de nossos tremendos pecados. E antes que eu me esqueça: vá tomar no cu!

Dizendo isso, Carlos deu uma gargalhada, tirou o braço dos meus ombros e me socou de brincadeira. Foi o melhor remédio. Eu dei uma risada, soquei-o também e, dali em diante, fomos conversando fiado, sem maiores preocupações, até o ponto onde saltaríamos.

Claro que eu aproveitei o convite que ele me fizera. Todas as vezes em que nos víamos sozinhos em algum lugar, nós transávamos. Jamais cansei de levar aquela pica maravilhosa no rabo ou de mamá-la até a última gota. O máximo de reciprocidade que ele me dava era me tocar punheta enquanto me fodia, mas isto não era problema. Pois três meses depois da nossa primeira aventura eu descobri, na nossa escola, um menino com os mesmos gostos que os meus e com uma bundinha maravilhosa. Fizemos de tudo. E, graças às orientações do Carlos, eu fodi a Marcela duas vezes. Para trocar beijinhos e ir ao cinema de mão dada eu tinha uma namoradinha. Ela até que era bonitinha, mas não liberava nem mão nos peitos. O Carlos tinha tantas namoradinhas quanto quisesse. E acho que graças a mim ele não precisou mais dos serviços do Alberto.

E assim fomos aproveitando cada dia, um de cada vez, até o fim do ensino médio. O que veio depois não vale muito a pena contar.

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